Recentemente fomos surpreendidas pela divulgação do resultado de um concurso Miss capoeira realizado na Bahia com apoio financeiro da Secult via lei Aldir Blanc. O Primeiro critério de avaliação citado, pasmem, era a beleza!
Diante de tamanho retrocesso, fomos tomadas pela vontade de tensionar esse conceito de Miss que coloca a mulher e seu corpo numa vitrine de padrões. Como podem ver muitas revistas, ainda na década de 90, se utilizavam desse conceito para atribuir a presença de mulheres na capoeira pelo viés da estética.
Se observar com um olhar atento, perceberá de que modelo estamos falando. Tem cor, raça, e biotipo. Isso já era inaceitável naquela época, ainda mais hoje, século 21. Não compactuamos com esses concursos que instituem ou reforçam a objetificação dos nossos corpos. E por isso estamos lançando uma campanha.
Convidamos você a participar desta campanha com intervenção nas redes sociais contra concursos de beleza. A ideia é compartilhar fotos em nossas redes virtuais para demonstrar o absurdo sexista deste tipo de iniciativa marcada, principalmente pela objetificação e padronização do corpo da mulher. É muito simples:
Você tira uma foto expressando o que sente a respeito de concursos de beleza, envia pra gente e depois posta em suas redes virtuais, como instagram e facebook, nos marcando.
#abaixoconcursosdebelezanacapoeira.
Marias Felipas 