Após a divulgação da reportagem da Agência pública intitulada “Capoeiristas denunciam mestres de um dos maiores grupos do país por crimes sexuais” (https://apublica.org/2021/06/capoeiristas-denunciam-mestres-de-um-dos-maiores-grupos-do-pais-por-crimes-sexuais/) ouvimos de parte da comunidade da capoeira muitas declarações repudiando os crimes de pedofilia e alegando que se trata de doentes ou perversos infiltrados na capoeira, as famosas “frutas podres” da árvore.
Porém, o problema revelado abertamente agora e que sabemos ocorrer há décadas é de ordem estrutural, sistemática e corporativa.
A questão envolve, além daqueles diretamente acusados pelos crimes, muitos cúmplices entre as pessoas membros dos grupos que querem preservar a imagem da marca.
Temos visto o surgimento nas redes sociais de campanhas visando limpar a reputação dos abusadores e de seus grupos.
Ouvimos uma das vítimas que nos relatou sofrer ameaças e perseguições de parte das lideranças do grupo, de quem era supostamente amiga, o que ela considerava a sua “família da capoeira”.
Abusos sexuais na capoeira não são casos isolados, são banalisados e encobertos pela estrutura hierárquica dos grupos de capoeira.
Quem tá envolvido na facção cordão de “ouro” desperta pra vida porra… Aí tá cheio de parasitas 🦠
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