CONVIDAMOS A TOD@S PARA ASSINAR E SE JUNTAR À LUTA PELO FIM DO SILÊNCIAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL E SEXISTA NA CAPOEIRA!!
#EUSEIQUEFOIVOCÊMESTRE
Nós, mulheres capoeiristas (negras, brancas, cis, LGBTTI+, etc), educadoras, artistas, ativistas e militantes de diferentes grupos e coletivos de capoeira angola e além, declaramos nosso repúdio a qualquer ato de violência de gênero e/ou de abuso sexual cometidos no contexto da capoeira, sobretudo quando envolve alguém numa posição de liderança (Mestre, Contramestre, Professor, Treinel) em relação às mulheres dos grupos. Por isso, não nos furtamos de expressar publicamente nosso apoio à Mestra Dandara, que denunciou ter sofrido violência sexual, na cidade de Salvador em 2017. Ato este cometido por um igualmente reconhecido mestre, parte de uma fundação da capoeira angola que é internacional, possuindo núcleos ao redor do mundo.
O caso ocorreu em junho de 2017 e o depoimento completo da mestra está disponível: https://www.youtube.com/watch?v=sUfFH7lj9Gk&t=3s)
Manifestamos em defesa da capoeirista angoleira Mestra Dandara, que tem sofrido coação pelo referido Mestre, seus amigos, parentes e defensores, porque decidiu não ficar calada.
Repudiamos as várias formas de banalização, acobertamento e invisibilização de práticas de violência contra as mulheres, bem como a todas as outras formas de violação aos direitos humanos no âmbito da capoeira, sejam elas de natureza racial e étnica, social e econômica, de gênero, orientação ou preferência sexual, dentre outras.
Repudiamos, igualmente, as tentativas de silenciamento da denúncia, independente de onde partiram, pois representam uma tentativa cega de manter os privilégios do patriarcado dentro das estruturas dos grupos de capoeira.
Nos solidarizamos com todas as mulheres (negras, brancas, cis, LGBTTI+) que se sentem silenciadas pelas estruturas machistas, patriarcais e misóginas que tomaram conta da capoeira.
Sabemos, por meio de outras narrativas compartilhadas por mulheres capoeiristas, algumas, inclusive, que romperam o silêncio motivadas pela denúncia em questão, que esta não é a primeira vez que esse sujeito utiliza da prática da Capoeira Angola para abusar sexualmente de mulheres. Também sabemos não se tratar de um caso isolado. Cada vez mais, estamos tendo coragem de falar sobre as violências que sofremos no âmbito da capoeira, na vivência dos grupos e nas rodas.
Não aceitamos a tentativa de vitimização por parte do agressor, que tem circulado vídeos pela internet lendo uma mensagem enviesada e preparada para mudar o foco da denúncia e inverter as posições. Mestra Dandara foi vítima de violência, mas não se vitimiza: luta! E com ela lutamos nós para que não percamos a oportunidade de debater o tema e levar nossa mensagem de respeito às mulheres.
Quando uma mulher sofre violência sexual, todas nós somos atingidas, seja porque vivenciamos nossos próprios traumas, revivendo memórias e sentimentos recalcados de violências passadas, seja porque a violência de gênero é sempre um insulto a nós, enquanto grupo, enquanto coletivo, enquanto classe!. A violência sexual praticada por mestres marca intensamente nossas vidas e experiências dentro da capoeira. Não pode nunca ser minimizado.
Neste caso específico, o ato de violação foi praticado por um mestre que é uma das maiores referências da capoeira angola, um homem negro, e que mesmo vivenciando uma série de opressões ao longo de sua vida, se mostrou incapaz de respeitar um limite básico para a manutenção da integridade física, moral e emocional de uma mulher negra. Essa configuração tem efeito agravante, uma vez que o agressor convive com muitas mulheres e teve inúmeras oportunidades de formação para a não-violência. Afinal, o que se aprende e o que se ensina com a capoeira?
Temos o papel de denunciar a violência contra as mulheres na roda de capoeira e na roda da vida e lutar para que a capoeira seja, de fato, um instrumento de libertação, educação e de luta contra todo tipo de opressão, violência e discriminação. Esta é uma pauta fundamental para a construção de relações sociais mais justas e igualitárias em qualquer grupo ou coletivo de capoeira.
Dessa forma, reforçamos nosso total repúdio ao ocorrido e nos pronunciamos através da presente carta contra o silenciamento! Exigimos que o agressor de Mestra Dandara:
- Assuma as violências cometidas e se retrate, publicamente, através de um vídeo que possa ser, livremente, compartilhado nas redes sociais;
- Faça parte de um espaço sócio-educativo sobre relações de gênero antes de voltar a exercer seu papel de mestre de capoeira e educador social;
- Promova espaços de formação sobre masculinidade tóxica e formas de enfrentamento e combate à violência contra mulheres.
- Proponha espaços que tratem da saúde mental de homens e mulheres como forma de reparar as violências cometidas.
ASSSINE AQUI:
https://forms.gle/UZmcLCcUfbq3Sv8M7






Novas assinaturas até dia 21/03 às 19:02
Suely Mendes de Oliveira – Partido das trabalhadoras PT
Maria Amélia Dadalto – Bancária
Cátia Carvalho – UFF
Nirlyn Seija – Artista da dança
Maria Amélia Dadalto – Bancária
Mandingueira – Capoerista
Maria Luiza Bittencourt – Joao Pequeno de Pastinha
Maria Angelina Dadalto – Cidadã
Francisco Dopazo – Chimarrão – Capoeira Onda – Santa Fe – Argentina
Alessandro Cerqueira – Historiador e estudante de pós-graduação(UFBa)
Claudia Helena Fernandes Lobo – E.E. Gabriella Monteiro de Athayde Marcondes
Juliana Linhares Brant Reis – Filhos de Bimba Escola de Capoeira
Fernanda Reis – Trabalhadora da Saúde
Ediane Lopes de Santana – Grupo de estudos Vozes/Uneb/Campus XIV
Beatriz Ribeiro Castilho – Espaço integração
Profa. Dra. Mas. Aparecida P Sanches – Uefs/ GT de Gênero Anpuh-Ba.
Daniel Vital Silva Duarte – UFBA e GT de Gênero ANPUH/BA
Luisa Corrêa – Capoeirista
Iris Araújo
Mila Souza – arte-educadora e capoeirista – Filhos de Bimba Escola de Capoeira – Núcleo Plataforma
Tiago Santos Ribeiro – Professor
Ana Brandão – Casa Rosada
Allana Lettícia dos Santos – UFSC
Ana Pi – Grupo nZambi de Capoeira Angola – Florianópolis
Alanna Freitas – Grupo de Estudos de Gênero e Sexualidade – UEFS, mestranda em História na UFBA.
Erica gloger – Capoeira Brasil
Larissa Rodrigues Figueiredo – Capoeirista
Andréa Castellano Mostaço – Tradutora, socióloga, ativista de Direitos Humanos
Michelle Oliveira – Civil
Marcelo Lima – Todo apoio contra todo tipo de violencia contra as mulheres
Inst. Gandaia
Lissandra Sucena -Associação de Capoeira Centro Cultural Sucena, Maringá PR
Oriaxé
Marie Ange – Ngoma France Choisy le Roi
Maria Paula Fernandes Adinolfi – Iphan Bahia
Adriana de Cássia Moreira – Doutoranda – FE -USP
Maiara Almeida
Alice Maria Araújo Ferreira – Universidade de Brasília
Ana Vaneska S. de Almeida – Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio Ferroviário de Salvador
Ursula Fillat Latorre – Ginga Brasil CDO
Zasskia Andrea González – Capoeira EVA
Viviana Pittalis – Capoeirista
Marlene Pfeffe – Capoeirista
Vinícius Pereira Chieppe – Cordão de ouro
Raul Ortega Moral: capoeira, forró, activista cultural e pesquisador militante – Tambor Capoeira
Lia Robatto
Abelha – Grupo Capoeira Brasil
Laura López Hernández – enfermera na Médicos Sem Fronteiras, capoeira na Tambor Valencia
Mauricio Cardoso – Diversitas USP
Clari – Gcb
Sombra – Centro cultural senzala de capoeira
Eliana – EduCapao
Paulinha de Sousa – Capoeira Bemvindo Angola
India – Grupo capoeira Brasil e Mulherada Tem Axe
Paula (Raizes) – “Grupo Capoeira Brasil” – “Mulherada Tem Axé”
Fernanda Sesa – Capoeira Brasil
Cecilia Moreno (Osa) – Mulherada têm axé y Grupo Capoeira Brasil
Mariana Gazzo – Capoeira Angola ATE Rosario
Nadia Gibaudant (Trapinho) – Mulherada Têm Axé – Córdoba, Argentina.
Gabriela Heredia – Grupo Capoeira Brasil/Mulherada Têm Axé
María Lucrecia Sánchez – Grupo de capoeira regional Porto da Barra
MestrA ArarA – Associação de capoeira Filhos de MestrA CiganA e Grupo de capoeira MestrA ArarA
Maria Carvalho Dantas – Sou brasileira e Deputada do Congresso da Espanha
Taís Gabriela Gomes dos Santos – NMMM Flores de Dandara
Alexandra Martins Costa – Autônoma
GT Nacional Estudos de Gênero – ANPUH/Brasil
Grupo de Pesquisa Gênero e Violência – Universidade Estadual de Montes Claros
Catalina – Mulherada tem axé Argentina
Claudia Delboni – Associação de capoeira Baiana
Eduardo M. sobral – treinei da Associação cultural de capuera angola paraguassu
Fabiana Carneiro da Silva – Professora, pesquisadora, mae, capuêra
Guilherme dos Santos Pinto – Associação cultural de capuêra de angola Paraguassu
Jamila Prata Aguiar – Associação Cultural de Capuêra Angola Paraguassu
Fernando Barroso da Silva – Musico
Luiza Barros Snege – arte-educadora, artesã e Capuêra na Associação Cultural de Capuêra Angola Paraguassu
Marta de Marinis – Associação Cultural de Capuêra Angola Paraguassu
Contramestre Eddy Angoleiro – ARCCA (Associação Refúgio Cultural Capoeira Angola) Rio Preto/SP
Renato Gannito de Jesus – Associação Cultural Capuera Angola Paraguassu
Danilo Lima – Associação Cultural de Capuêra Angola Paraguassu
Aluno graduado Gavião – Grupo de Capoeira MestrA ArarA, Rio de Janeiro
Larissa Gaspar – Capoeirista – Vereadora de Fortaleza – PT – Presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal
Natália Lima – CECAB
Ludmilla Luciano de Carvalho
Railson Sousa Campelo – Ass. Cap. Beira Mar
Camille Massip – Association Figue e Guaraná
Joyce Peres – Cordão de Ouro
Aline do Carmo – integrante do Ngoma, militante e educadora
Sergio pereira – Malungos
Professora Guruça Bruna Ferraz Dumont – Cordão de Ouro Barcelona
Alexa – Terreru BH
Joseane de Faria Calazans – Grupo Abaô de Capoeira Angola (Aracaju/SE)
Laricy Machado Venditti de Matos – Educadora
Alena Arce Calderon Contramestra – bailarina creadora – Capoeira Sul da Bahía Chile
Vermelha Martín – Capoeira Gerais Madrid
Rita Farinha – Projeto flor de Mandacaru
Juliana Pinheiro Bordon – Tabono cultural
Aline Pedrosa – Cecab
Aliisa Colírio – Angoleiros do sertão, Helsinki Finland
Sofía M. Hernández Claverie – Ginga brasil Cordao de oro
Lara – Ica
Laura Paez (India) – Porto da Barra
Julie Ghemard – Sul da Bahia
Maria Kamí Campos – Atriz, Poeta, artista plástica – Coletivo Froceta de Mulheres. Capoeira independente.
Cauê Rocha
Anna Flynn – Coletivo Ginga de Angola
Precisamos acabar com a impunidade assino embaixo
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Janaina-Capoeirista- Alemanha
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Estamos entrando em uma nova era, em que todas as mulheres se unem contra agressores, contra o machismo tóxico, contra a violencia das mulheres. Juntas somos igual ao enxame de abelhas. Pequenas mais capaz de afugentar o mais forte dos leões.
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Nenhuma violência será tolerada!
Mestra Renatinha GRUPO SENZALA/ RJ
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Obrigada pelo seu apoio Mestra Renatinha. As mulheres lideranças têm um papel difícil porém de fundamental importância nessa luta contra a violência machista na capoeira.
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Todo meu apoio e solidariedade para todas q sofreram com comportamentos machistas e misóginos. Não podemos mais permitir e tolerar essas atitudes!
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Fico feliz de ver esse nível de organização para apoiar a Mestra Dandara, estava querendo assinar algo para apoiar ela. Força.
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Todo o meu apoio e solidariedade a todas que porventura tenham sido vítimas de quaisquer tipos de abusos sexuais, físicos ou psíquicos. Sou radicalmente contra a quaisquer tipos de violações contra quaisquer tipos de seres vivos. Como mulher, negra, indígena e nordestina, já passei por varias delas! Meu total apoio e solidariedade às garotas da capoeira, esporte que não pratico , mas que está no meu ser! Sempre amei uma boa roda. E uma boa roda se faz com respeito antes de tudo.
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